NOMEN DUBIUM exibe peças cerâmicas esculturais biomór cas com referências orgânicas aos seres vivos e à natureza, aliadas a uma linguagem geométrica de formas singulares, e que resistem à uma adjetivação.
Estes fragmentos narrativos nascem de uma razão instrumental que do aspecto formal, enfatiza a não-referência a um conteúdo objetivo. Em vez de os objectos serem concebidos com uma forma natural, apenas são representados por uma sugestão visual subtil. A singularidade de cada peça,estimula o diálogo entre os objectos escultóricos, despertando no espectador uma mensagem transitiva.
O apelo das cores, as formas que revelam a expressividade do barro de Maud, e o paradoxo da intersecção da geometria disforme, projeta um paralelo entre a cerâmica tradicional e a moldagem escultórica.
Nesta série de peças cerâmicas, Maud Téphany, expressa a sua capacidade de reinterpretar as ordens preestabelecidas, gravitando em torno a dois temas fundamentais na arte e mais concretamente na cerâmica: o mundo biológico, e a gura humana.
“Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó.”
Rav Zeira “O Golem”