This sign is an act of love, 2022 Light, argon, iron 185 x 50 cm.
Artigo 1º
Aqui se declara que a obra artística “This Sign is an Act of Love” é original e autêntica.
Artigo 2º
Esta obra não pode ser vendida nem comprada. A transição da propriedade apenas pode acontecer por força de uma doação plena, sem contrapartidas pecuniárias ou outras.
Artigo 3º
A propriedade desta obra apenas por ser detida por uma pessoa ou por uma entidade por um período máximo de 1 ano.
Artigo 4º
O proprietário compromete-se a entregar a obra a outra pessoa à sua escolha dentro do prazo respetivo, contudo, a nova pessoa a quem a obra é entregue não a pode ter recebido previamente.
Artigo 5º
Quem oferece esta obra, e quem a recebe, compromete-se a notificar o autor, João Motta Guedes, aquando da sua transição, e compromete-se igualmente a enviar uma versão deste documento datado e assinado por ambas as partes.
Artigo 6º
Para além desta edição que entra em circulação, existem duas provas de artista.
Artigo 7º
Qualquer dano causado à obra pode resultar na sua reparação ou pagamento de uma nova obra.
Artigo 8º
Este documento tem força jurídica e o seu incumprimento pode implicar o devido processo judicial.
BIO + CV
Biografía
João Motta Guedes, explora conceitos de liberdade, vulnerabilidade e violência, as suas produções artísticas refletem sobre a significação de sentir e ser-se humano.
Os seus projetos, partem da experiência pessoal e académica que o levaram a concluir em 2018 a Licenciatura em Direito, e em 2020, o Mestrado na Universidade NOVA de Lisboa. Em 2019 decide orientar a sua investigação académica para o cruzamento da disciplina artística, encontrando-se a finalizar o Mestrado de Pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa.
A sua linguagem artística em várias formas e média plásticos, tem uma natureza de caracter experimentalista. Através de uma linguagem poética, procura o questionamento da criação artística enquanto acto de liberdade que responde à problemática da violência, tanto na relação com a sociedade, como com cada individuo, deixando um abrangente registo de imagens que contêm simultaneamente significados simbólicos e metafóricos, à espera de serem interpretados por cada espectador.
Desde 2018, é investigador da Fundação para a Ciência e Tecnologia no projecto “COSMOS – COSMOPOLITISMO: justiça, democracia e cidadania sem fronteiras”.
Exposições individuais
Exposições Individuais
>>> 2023 "Learning How To Live", Galeria NAVE (Lisboa, PT)
2023 "You Came To Start The Revolution", ZDB (Lisboa, PT)
Exposições Colectivas
Exposições Colectivas
>>> 2023 "WANDERLUST", Artes Mota Galiza (Porto, PT)
2022 "(0/1) o zero e o um", MUHNAC Museu Nacional de História Natural e da Ciência, (Lisboa, PT)
2022, “Pára, Depára-te”, Fábrica do Braço de Prata, Lisboa (PT)
2022, “GABA”, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (PT)
2021, “BABEL”, Palacete Burnay Biblioteca de Alcântara, Lisboa (PT)
2021, “O Símbolo de uma Pandemia”, Cisterna da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (PT)
2020, “Como bebe uma flor”, Jardim das Amoreiras, Lisboa (PT)
2020, “Alunos da FBAUL”, Travessa da Ermida, Lisboa (PT)
2020, “Tendas”, Escola Manuel da Maia, Lisboa (PT)
2020, “Pop Up”, Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (PT)
2019, “Coexistência e Negociação”, Museu Condes de Castro Guimarães, Cascais (PT)
Prémios
Prémios
2020 PRÉMIO DE PINTURA DOS ALUNOS DA FBAUL, Travessa da Ermida, Lisboa (PT)
2020 1º PRÉMIO DE CURTA-METRAGEM SÉNIOR, Prémio Filo-Lisboa “ Quem sou eu neste novo mundo?”, Lisboa (PT)
Residências
Residências Artísticas
2021, “CHAPIM, Pousio”, Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas (CENTA), na Tapada da Tojeira, Vila Velha de Ródão (PT)
2020, “TENDAS, Base”, MArt Escola de Artes, Lisboa (PT)
Projectos
Projectos
Desde 2018, é investigador da Fundação para a Ciência e Tecnologia (PT)
2020 – 2022 Membro da Associação “Pousio Arte e Cultura” (PT)
Colecções
Colecção da Universidade NOVA, Lisboa (PT)
Colecções
Obras
"YOU CAME TO START THE REVOLUTION", 2023 Vista de exposição na 'segundas da Z' (ZDB, Lisboa) Fotografia de Bruno Lopes
"OPEN, OPEN, OPEN", 2023 estrutura de ferro, painéis de led e cabos electricos 150 x 150 x 15 cm
"You came to start the revolution", 2023 osso de porco, embalagem a vácuo, correntes e ganchos dimensões variáveis
"You came to start the revolution", 2023 osso de porco, embalagem a vácuo, correntes e ganchos dimensões variáveis
"Untitled (How small a thought it takes - after Wittgenstein and Steve Reich)", 2022 Gravação sobre mármore, flores Dimensões variáveis A frase utilizada na gravação é uma dupla citação: em primeiro lugar escrita por Wittgenstein numa coletânea de textos intitulada “Culture and Valor” (1946); posteriormente, Steve Reich utilizou esta mesma frase para uma composição musical “Proverb” (1995). Este trabalho recupera o paradoxo proposto pela frase de Wittgenstein e apresenta-o sob uma formulação visual e plástica. É através da sua aparição numa lápide com flores que nos confrontamos com a potência do que a citação esconde, a (im)possibilidade de um pensamento tão pequeno poder durar a vida inteira, remetendo para efemeridade da vida, das ideias, dos momentos, e da forma como olhamos para eles.
"I’m gonna live anyhow", 2022 Impressão pigmentada sobre papel photo 260gr. 60 x 80 cm.
"Untitled (Human Condition), 2022 Mein Kampf queimada, afogada, enforcada, mordida, coberta em ácido, esfaqueada, pisada, alvejada, pontapeada e esmurrada Dimensões variáveis Esta obra testemunha a destruição de um objecto que representa o mal. É a prova da violência sobre a violência, e provoca múltiplas questões paradoxais: Como destruir uma ideia? É legítimo destruir alguém que personifica a destruição? Ao mesmo tempo que as confronta com a inviolabilidade da condição humana e dos direitos humanos.
"Freedom Song", 2022 Impressão pigmentada sobre papel photo 260gr. 60 x 80 cm.
“Monument To Kafka”, 2022 Ferro, 15.000 páginas de processos judiciais que implicaram violações de direitos humanos, pedra, pó, bigorna Dimensões 200 x 50 x 50 cm. A instalação constitui-se através de um simbólico compendium jurídico composto de processos que implicaram violações de Direitos Humanos que chegaram ao TEDH. Estes são empilhados de forma a construir uma torre onde sobre o topo está colocada uma bigorna. Contudo, existe uma estrutura em ferro oculta que garante a integridade da forma. Desde logo se coloca a questão de como a forma da torre de papel se sustenta considerando não apenas a sua altura e fragilidade mas também o peso da bigorna colocada sobre o topo. Levantam-se questões alegóricas: como pode a estrutura (jurídica, social, humana) auto-sustentar-se? Em que medida o sistema é acessível e eficaz? É a ideia de justiça uma construção frágil e subjetiva? Estas questões, entre outras, revelam uma edificação Kafkiana que poderá provocar a percepção de uma imagem simultaneamente miraculosa e absurda, mas que suscita o confronto com uma representação do guardião.
"Child-Adult forever playing", 2021 Tabuleiro de xadrez, brinquedos, Lego, moedas, pílulas, tampas de garrafa, isqueiro, mini arma, mini faca, dados, tampa de banheira 40 x 40 cm. Este trabalho pretende abordar uma ideia de crescimento e as dificuldades que surgem com ele. Baseado no jogo de xadrez, de um lado do tabuleiro as peças “pretas” representam uma idade adulta, do outro lado, a peças “brancas” representam a infância. O tema da inocência e do conflito presente no crescimento manifesta-se através da representação de mundos diferentes e do seu confronto. Por outro lado, a identidade dos dois jogadores dilui-se à medida que o jogo avança, uma vez que à medida que cada jogador faz a sua jogada as peças do tabuleiro misturam-se provocando uma incerteza sobre quem joga contra quem.
"Heart in the Stars", 2021 Vídeo, cor, som, 1’10, 1080p, 50fps. Coração nas estrelas é um filme que resulta da procura e necessidade de liberdade em tempos de cólera. O filme foi realizado no contexto da residência artística Chapim em Vila velha de Ródão e explora um território poético de fuga que ganha intensidade não apenas através do tempo em que vivemos mas também através de uma paisagem física e emocional. O facto da personagem se encontrar nua é metafórica de uma sensação de um total despojamento do peso. A corrida para lá da linha do horizonte poderá simbolizar uma fuga permanente, esta linha infinita é alegórica de uma corrida que não termina.
"Who owns whom?", 2021 Pedra, corrente, coleira Dimensões variáveis O objecto em causa apresenta-se não só como símbolo critico do tempo presente mas também como metáfora da impotência individual face à limitação da liberdade. O peso da pedra é alegórico de um sentimento interior de angustia, contudo, esta peça poderá representar tanto a liberdade reduzida como um peso existencial que é transportado, culminando na impossibilidade de movimento amplo na vida. O desenho da corrente poderá revelar uma forma estranha mas familiar, o comprimento desta é de 2 metros, distância mínima recomendada a manter entre cada um de nós. A coleira indicia a relação deste peso transportável com quem utiliza o objecto, aludindo a uma possível ideia neste trabalho - Quem é dono de quem? o peso da pedra que transportamos será mais forte do que a nossa capacidade de movimento?
“A Pill A Day Keeps The Doctor Away”, 2021 Colagem de medicamentos, milho 40 x 15 cm. Outro objecto impossível que com humor satírico se constitui como uma metáfora da dependência e da necessidade da vida.
"Writing the infinite poem", 2019 Tinta de gravura, cola, lápis de cera e tinta de óleo sobre papel queimado (...) 11 metros x 30 cm. Escrevendo o poema infinito procura ser uma reflexão visual sobre a inserção no espaço do gesto da escrita enquanto forma de pintura e de desenho. Remetendo para a leitura de um código indecifrável susceptível apenas de ser compreendido visualmente, as dimensões da obra são alegóricas a um acto de fazer (poiesis) e de escrever sem fim, que é representativo do trabalho do artista e de uma busca pela liberdade interminável.
"Flight into the blue", 2019 Impressão pigmentada sobre papel 60 x 70 cm. A fotografia representa um voo, uma viagem, uma descoberta para o desconhecido azul em potencia.