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FALSE HOPE AND EMPTY THREATS
exposição individual de Einar Grinde
BREVEMENTE




 

PLANO B

 

 

No século XIX a Arte passou a ser estudada pelas ciências humanas como uma disciplina obrigatória no programa da educação. E na década de 60 já do século XX, nos Estados Unidos foi criado o DBAE (Discipline-based art education), uma abordagem à educação artística que assenta em quatro disciplinas artísticas: produção artística, história da arte, crítica de arte e estética.

 

A linguagem artística é uma das mais fortes influências na sociedade moderna, estimulando a forma como vemos e interagimos com o mundo ao refletir sobre a complexidade de questões actuais, promovendo a interacção com a tecnologia, a arte contemporânea desafia-nos a pensar de forma crítica e a participar activamente na sociedade. Num mundo em constante mudança, a arte mantém-se alerta sobre a actualidade, unindo as pessoas através da sua expressão. Este constante diálogo entre o passado, o presente e o futuro faz com que a arte contemporânea seja uma das formas mais dinâmicas e envolventes no mundo de hoje.

 

No entanto, a arte não corresponde na totalidade à imagem da vida real, mas sim de uma vida idealizada igualmente importante. Actualmente vivemos uma decadência - como todas as decadências culturais, de indiferença aos sinais mas que fantasia euforicamente que se está a revolucionar o mundo.

 

Einar Grinde em FALSE HOPE AND EMPTY THREATS, apresenta uma série de trabalhos que questionam o papel do activismo social no futuro.

Quando será a próxima revolução? Não aqui, não agora? Será virtual ou online?

Quais são as nossas reivindicações e qual será o nosso lema?

Usando ferramentas simbólicas clássicas de classe e de activismo popular, Grinde explora o aspeto de uma revolução plausível.

Numa época em que a propaganda passou das ruas para o espaço virtual, como poderemos chegar a acordo sobre os termos e condições das nossas reivindicações? E quem está a financiar a próxima revolução?

 

Litígios dum presente que mais do que promover o diálogo, potenciam o problema sem garantir a resolução pelo mero facto de não conseguirmos identificar os interlocutores que sobretudo, anunciam um grito inconsequente.

A falsa proximidade através dos meios virtuais aparentemente democratizados, elevam a liberdade desregulada que de forma ruidosa atira ao vento diversas problemáticas - muitas vezes de maneira aparatosa e espetacular, mas que infelizmente não encaminham à pacificação social.

 

Nenhuma história pode ser escrita sem valores incontestáveis, conscientemente evidentes ou inconscientemente hipotéticos.

Os valores não podem existir sem um avaliador e o único avaliador que a sociedade conhece, é o ser humano.

 

 

Lisboa, Janeiro de 2025

Mercedes Cerón

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